26.4.15

BCP

A semana que ora se inicia promete ser interessante para a banca (notem que dizemos "promete"! Vocês sabem como são as promessas em bolsa!).

Dois acontecimentos em particular podem mexer com as cotações e julgamos que pode haver margem para as levar no sentido correto.

Por um lado, temos a assembleia geral do BPI na próxima quarta-feira e, a menos que haja mexidas na oferta do CaixaBank (CB), é certo que a desblindagem dos estatutos, como impõe a oferta dos catalães, será chumbada. Será que vamos ter subida do preço da oferta para abalar as convicções dos acionistas e tramar a D. Isabel dos Santos?

Se acham que sim, comprem BPI (convém que seja antes, e nem vale a pena olharem para o gráfico)! 

Se acham que não, tomam como provável que no BPI fique tudo mais ou menos na mesma, mas pode haver dinheiro escondido no BCP.

Este está à espera do que se decide quanto à OPA (sendo que os do CB já disseram que a OPA não acaba mesmo que os estatutos não sejam desblindados! Eu só não entendo como é que eles vão aceitar serem donos de 50% do BPI e só mandarem nos 20% correspondentes aos direitos de voto!). Com a opção Novo Banco (NB) excluída, e a OPA pré-chumbada, ao BPI só restará a fusão com o BCP. E toda a gente sabe que, em época de fusões e aquisições, não é possível que a banca nacional continue como está, pelo que uma das três hipóteses vai suceder. Para a cotação do BCP a compra do NB pelo BPI era má, a OPA do CB má é (as duas, evidentemente, por um aumento da concorrência). Já a fusão é boa não só pelas sinergias que vai criar mas também por todo o bailado que implica com reflexos que são, por norma, positivos (claro que há fusões desastradas, como bem sabe quem guardou ações da PT).

Mas o BCP ainda tem mais uma argumento para convencer os que estão vendedores. A 4 de maio (não é uma 6ª, mas sim uma 2ª feira. Uhmmmmm!!!) apresenta resultados relativos ao primeiro trimestre depois do fecho e no dia seguinte de tarde há a conferência de imprensa em que é costume fazer previsões para o que resta do ano. Estando previstos lucros, não me admiraria nada que o mercado passasse boa parte da semana a especular acerca da envergadura dos mesmos! E outra especulação: haverá notícias do reembolso ao estado?

Quanto ao que nos diz o gráfico, ora vejam:


Estão ali as médias móveis a chatear um bocado (as que costumamos usar nesta casa: a verde E9, amarelo E21 e vermelho S200). Nesse aspeto, ainda não se aconselha compra, mas nada que aflija muito dado que podemos bem viver com um falso break na descida.

Colocamos duas linhas a tracejado que balizam, quanto a nós, os valores a vigiar em fecho: acima da verde reforçamos e abaixo da vermelha largamos a carga. No meio, estamos quietos a ver onde param as modas. 

Já se aperceberam de que, apesar do volume manhoso já metemos umas quantas ao saco (homem prevenido...), não só porque gostamos do comportamento na zona dos 0,083, mas também porque nos fomos apercebendo de que não faltam caçadores de pechinchas, isto é, marujos que vão comprando devagarinho, para não causarem celeuma, mas que, no final do dia, perdem a paciência e puxam um bocado mais pelos galões. E esta gente costuma saber o que está a fazer, de maneira que queremos estar junto deles!

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