Odeio bear markets e quando os topo à distância passo a carga, piro-me para longe e nunca mais ninguém me põe a vista em cima. Notem que há quem goste e se derem uma volta pelos fóruns da concorrência não vos vai custar muito a encontrar quem se lambuze à grande com uma data de velas bem vermelhas seguidas. São os chamados curtos ou bears que eu, talvez por preconceito, imagino a tocar ao rabanete diante da tv que transmite um incêndio florestal ou a pinchar de alegria na iminência do juízo final. O que mais me desagrada num bear market nem é perder dinheiro, circunstância que, bem vistas as coisas, é uma contingência normal de quem opera e se resolve desde que tenhamos não mais do que meia dúzia de neurónios funcionais.
O que é profundamente desagradável num bear market é o encadear de asneiradas em que corremos o risco de incorrer e que nos tornam aos olhos de nós próprios profundamente imbecis. Manobrar num bear market é livre trânsito para nos transformarmos no idiota mais burro e sem remendo que conhecemos como se fôssemos o Leonardo DiCaprio naquele filme em que o urso o monta over and over again até o deixar feito num feixe!
O que é profundamente desagradável num bear market é o encadear de asneiradas em que corremos o risco de incorrer e que nos tornam aos olhos de nós próprios profundamente imbecis. Manobrar num bear market é livre trânsito para nos transformarmos no idiota mais burro e sem remendo que conhecemos como se fôssemos o Leonardo DiCaprio naquele filme em que o urso o monta over and over again até o deixar feito num feixe!
Os ursos do mercado, que ainda por cima agem contranatura, têm esse desagradável hábito de nos moer a moral e eu sei-o por experiência própria desde que no ano 2000 fui assaltado à mão armada e tive de fugir com as calças num braçado à frente de um bando desses bichos aterradores que esfrangalharam a bolha das dotcom. Safei-me por uma unha negra e ninguém sabe à custa de quantos perigos e sacrifícios, mas é certo que se não me tivessem sido atribuídos os genes da sensatez e da coragem nunca mais teria voltado este mundo de infinitas delícias. Fiquei escarmenta. Assim sendo, não contem comigo para mandar broas quando a coisa azeda nem para opinar sobre entradas curtas e mais cenários apocalípticos.
O bear market ainda pequenito que começou no fim de agosto teve este ano um brindezinho escondido que o tornou menos difícil de enfrentar. É que os mercados caíram bem e com força em pouco tempo e sem justificação aparente, a não ser o facto de talvez estarem a antecipar a sua possível autojustificação numa espécie de argumentação circular. A dada altura, confesso que comecei a construir a seguinte teoria da conspiração: D. Trump e os manda-chuva deram a dica, venderam tudo durante o verão e depois despejaram mais umas quantas emprestadas metendo os índices ao fundo; o Zé aguentou a bucha teso, mas em dezembro decide aliviar a mente, acicatado com a cenourinha da menos-valia amiga do IRS e em pânico ante a monstruosidade que vê nos gráficos. Come o bacalhau reconfortado com o facto de se ter visto livre do tranco, mas esquece-se que quando entra janeiro há carteiras que devem ser recompostas. Para mim foi uma história encantadora e laborei em consonância: houve evidentes saldos no final de dezembro porque janeiro (pelo menos a primeira metade dele) costuma ser um mês em que ninguém quer saber de chatices e a alegria paira no ar com os touritos saltitantes.
E agora, que fazer?
Vou-vos pôr os gráficos a ver se ajuda! No curto prazo, a coisa está praticamente feita, mas a verdade é que se atingiram suportes que vão necessitar quase de uma hecatombe para serem quebrados em baixa. Ao contrário de outras alturas, não parece haver nada que justifique que o PSI20, por exemplo, desbanque um suporte que já deu tantas provas de eficiência como é a zona dos 4400-4500. Claro que há aí muita merdice no ar, brexit, guerra comercial, etc., etc, mas não tenhamos memória curta, esse tipo de biscate pertence àquela categoria que, mais coisa menos coisa, vai havendo todos os anos e já estará praticamente descontado. Mais importante do que isso é o facto de continuarmos em bear market, em minha opinião, enquanto nos mantivermos abaixo das linhas vermelhas que pus nos gráficos. Esse sim é o facto relevante e enquanto não voltarmos lá para cima qualquer abanozito corre o risco de passar por fim do mundo.
O bear market ainda pequenito que começou no fim de agosto teve este ano um brindezinho escondido que o tornou menos difícil de enfrentar. É que os mercados caíram bem e com força em pouco tempo e sem justificação aparente, a não ser o facto de talvez estarem a antecipar a sua possível autojustificação numa espécie de argumentação circular. A dada altura, confesso que comecei a construir a seguinte teoria da conspiração: D. Trump e os manda-chuva deram a dica, venderam tudo durante o verão e depois despejaram mais umas quantas emprestadas metendo os índices ao fundo; o Zé aguentou a bucha teso, mas em dezembro decide aliviar a mente, acicatado com a cenourinha da menos-valia amiga do IRS e em pânico ante a monstruosidade que vê nos gráficos. Come o bacalhau reconfortado com o facto de se ter visto livre do tranco, mas esquece-se que quando entra janeiro há carteiras que devem ser recompostas. Para mim foi uma história encantadora e laborei em consonância: houve evidentes saldos no final de dezembro porque janeiro (pelo menos a primeira metade dele) costuma ser um mês em que ninguém quer saber de chatices e a alegria paira no ar com os touritos saltitantes.
E agora, que fazer?
Vou-vos pôr os gráficos a ver se ajuda! No curto prazo, a coisa está praticamente feita, mas a verdade é que se atingiram suportes que vão necessitar quase de uma hecatombe para serem quebrados em baixa. Ao contrário de outras alturas, não parece haver nada que justifique que o PSI20, por exemplo, desbanque um suporte que já deu tantas provas de eficiência como é a zona dos 4400-4500. Claro que há aí muita merdice no ar, brexit, guerra comercial, etc., etc, mas não tenhamos memória curta, esse tipo de biscate pertence àquela categoria que, mais coisa menos coisa, vai havendo todos os anos e já estará praticamente descontado. Mais importante do que isso é o facto de continuarmos em bear market, em minha opinião, enquanto nos mantivermos abaixo das linhas vermelhas que pus nos gráficos. Esse sim é o facto relevante e enquanto não voltarmos lá para cima qualquer abanozito corre o risco de passar por fim do mundo.
Adoro shortar, é muito mais rápido, limpo e sem espinhas :)
ResponderEliminarA shortar não consigo ganhar consistentemente! É mais do que suficiente manobrar bem apenas num dos sentidos do mercado!
ResponderEliminarPois, lá está, o que dizes não faz sentido, temos que ter um setup de forma a negociar das 2 maneiras o mercado, em tendência, seja ela qual for e em lateralização. Se só tradas em tendência ascendente, prepara-te para estares uns anitos sem negociares . É melhores reformar-te :)
ResponderEliminarJeabar, so teorias. Deduzo que andes nos Mercados há pouco tempo.
ResponderEliminarPois se deduzes assim nos mercados vais à falência. Comecei a investir nos mercados financeiros à 23 anos e à 11 que também faço especulação e à 8 que vivo exclusivamente dos mercados financeiros. Sobre o que afiemei, que devemos ter um setup de negociação tanto em bull market como em bear market é verdadeiro e basta tradares em hedge num sistema S&L para poderes tradar qualquer mercado desde que não esteja estagnado e haja volatilidade. Agora sou eu a deduzir - não deves conseguir ganhar de uma forma consistente nos mercados financeiros :)
ResponderEliminarAndo aqui há tempo suficiente para perceber quando alguém não sabe o que diz. És um tretas Jeabar.
EliminarAh ah ah ah ah ah eu ando à tempo suficiente para reconhecer um frustado que não consegue ganhar uma moeda ao mercado e depois mete toda a gente no mesmo saco.
EliminarClaro que é muito melhor ter uma estratégia de negociação nos dois sentidos. Afinal de contas, desde 2000 o PSI20 desceu mais do que subiu.A que a minha experiência diz é que essa estratégia de 2 sentidos é muito mais difícil de conseguir do que uma estratégia de sentido único. Se quisermos uma comparação tosca, é a mesma coisa que ter um filho e depois passar a ter dois: o trabalho e as chatices aumentam exponencialmente! Por esse motivo, concluí (da minha experiência pessoal) que é muito mais fácil ganhar consistentemente tendo uma estratégia de identificação de momentos de entradas longas com saídas muito apertadas e temporadas de descanso. Não preciso de negociar todos os dias nem nada que se pareça. Dessa forma, tenho conseguido ganhos consistentes e um paz de espírito.
ResponderEliminarDavid Ferreira é sempre um erro pensar que a nossa estratégia é a melhor de todas e desvalorizar outras. Já aprendi isso à muito tempo e mudei o meu mindset á muito para duas coisas : - A primeira foi deixar de pensar em ganhar no mercado, mas sim em não perder e a segunda foi que o sabe tudo ainda não nasceu e todos os dias se aprende algo do nosso interesse. Quando falo em tradar tanto no aspecto longo como curto, nos índices eu desenvolvi um sistema de trading baseado em hedge no L&S https://pt.wikipedia.org/wiki/Long_%26_Short em que procuro identificar as divergências de valores entre índices correlacionados para obter vantagem depois na sua convergência que inevitavelmente irão acontecer. Portanto, como vês, estou-me a borrifar se os índices estão a desvalorizar ou a valorizar, o que me importa é que o façam divergentemente nos seus valores, pois o que me interessa é o alfa entre eles. Quando falo que adoro negociar as quedas, é porque normalmente são muito mais rápidas e mais divergentes entre eles dando muitissimo mais oportunidades de trading e ganhos .
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