20.1.19

Por que motivo o PSI20 vai continuar numa de outperform

O que é mais refrescante nesta cena dos mercados é que nunca se sabe com o que se pode contar: a caca pode sempre virar fillet mignon e o contrário também sucede! É um admirável mundo este em que jamais se esgota o argumento para novas e estrambólicas teorias. Nesse sentido, os mercados fazem de nós cientistas loucos sempre envolvidos em mil e uma conjeturas que valem mais pelo entusiasmo de as conceber do que pela correspondência com a realidade. 

15.1.19

Três ligações

O destino da Sonae, que tem vivido um bom momento desde que o mercado percebeu a ambição fintech da empresa e o potencial para se aliar nessa área, por exemplo, à SIBS, e o rumo futuro do PSI20 parecem, mais uma vez, intimamente ligados e o que acontecer com a primeira nos próximos dias deve ser replicado pelo outro.



Devo dizer que estou bastante curioso para ver se conseguimos reverter a má imagem que ficou da quebra em baixa das linhas vermelhas, mas preocupa-me um bocado o facto de chegarmos a esta fase já um bocado esticados. Idealmente, precisávamos já de um higher high antes de corrigirmos para tomar fôlego, mas não sei se vai haver unhas. 

Seja como for, fico contente com o facto de a Jerónimo Martins ter dado sinal de que pode dar um pontapé na crise e, embora não seja o maior fã da empresa, pareceram-me bastante impressionantes principalmente os números da Colômbia, onde pode estar a desenhar-se um cenário de grande crescimento futuro. Se assim for, não tenho dúvidas de que pode estar aí um grande motor para sairmos da cepa torta: é impossível o PSI subir se a JMT (ou o BCP ou a Galp) estiverem em bear market! O gráfico aconselha cautelas no curto prazo, mas creio que poderão estar reunidas as condições para que também esta possa vir a testar a linha vermelha.


7.1.19

Back in business?

Odeio bear markets e quando os topo à distância passo a carga, piro-me para longe e nunca mais ninguém me põe a vista em cima. Notem que há quem goste e se derem uma volta pelos fóruns da concorrência não vos vai custar muito a encontrar quem se lambuze à grande com uma data de velas bem vermelhas seguidas. São os chamados curtos ou bears que eu, talvez por preconceito, imagino a tocar ao rabanete diante da tv que transmite um incêndio florestal ou a pinchar de alegria na iminência do juízo final. O que mais me desagrada num bear market nem é perder dinheiro, circunstância que, bem vistas as coisas, é uma contingência normal de quem opera e se resolve desde que tenhamos não mais do que meia dúzia de neurónios funcionais.