Pergunta-nos o nosso amigo Fulgêncio Batista o que nos deu na cabeça para ignorarmos a Mota-Engil nas nossas últimas análises e comentários.
A resposta é muito simples e o amigo, apesar de não passar de um fantasma de cubanas nos pés, compreenderá facilmente: com a sacola atacada de PTs, de BCPs e de BPIs foi um problema de exiguidade de espaço que nos impediu de ir de Mota.
Mas a Mota é aquela moça que quando lhe dá é um repente e pula de uma resistência à outra como se fosse o Marc Márquez a guiar. Vejam o gráfico:
A resposta é muito simples e o amigo, apesar de não passar de um fantasma de cubanas nos pés, compreenderá facilmente: com a sacola atacada de PTs, de BCPs e de BPIs foi um problema de exiguidade de espaço que nos impediu de ir de Mota.
Mas a Mota é aquela moça que quando lhe dá é um repente e pula de uma resistência à outra como se fosse o Marc Márquez a guiar. Vejam o gráfico:
A resistência dos 4,40€, anterior suporte-mor, caiu ao fim de vários ataques e o fraco volume de ofertas incentivou a histeria. É isso que faz com que esta ação seja tão reativa, quer para cima quer para baixo. Pura e simplesmente não existem ações nos COFs e a malta compra/vende ao melhor. O título trepou 11% de uma só vez e foi instalar-se na zona da resistência seguinte. Hoje abriu com ganas de continuar por ali acima, mas a gasolina acabou quando o povo viu que estava em causa a quebra da SMA200. Agora está a esvazir um pouco o balão e, enquanto estiver acima dos 4,40€, temo-la em terreno de interesse comprador.
E aqui temos um aspeto que é bom não esquecer. Embora o cenário no curto prazo pareça ter-se desanubiado, a tendência desde há meio ano no PSI é descendente e estamos a falar do índice que perdeu por K.O. uma das suas maiores empresas ainda não vai há 1 mês. De maneira que não é de esperar que haja por ora sinais demasiado bullish e sempre que houver uma aproximação a um estado de sobre-compra, a uma resistência ou a uma média móvel relevante como é a de 200 dias, vai ser normal aparecer acumulação de vendedores. Aliás, isso mesmo aconteceu hoje, por exemplo, com o BCP!
E é por isso que eu continuo a gostar da PT (no curto prazo) e julgo que podemos ter espaço para subidas interessantes. É que, aparte uma ténue zona de resistência entre os 1,70 e os 1,90, não ficaram resistências da queda fortíssima que a empresa experimentou. Não quer isto dizer que vamos ter uma subida linear por aí acima, mas o rácio ganho/risco não parece desinteressante. Do lado do ganho está tudo dito e quanto ao risco sabemos que é possível uma ida ao gap nos 1,46 e depois há um suporte na zona dos 1,36 cuja quebra obriga a evacuação apressada. Portanto, temos os limites estabelecidos.
Por outro lado, a PT apresenta resultados amanhã, antes da abertura do mercado, e já toda a gente sabe que não devem ser famosos. Resta saber se, com uma queda de 38% em 2 meses e um desbaste de 51% desde o início do ano, quanto já estará descontado pelo mercado. Eu continuo a pensar que pode haver fecho apressado de curtos com a consequente subida violenta, mas estou mais do que pronto para desamparar a loja.