28.8.14

E mais duas

Pergunta-nos o nosso amigo Fulgêncio Batista o que nos deu na cabeça para ignorarmos a Mota-Engil nas nossas últimas análises e comentários.

A resposta é muito simples e o amigo, apesar de não passar de um fantasma de cubanas nos pés, compreenderá facilmente: com a sacola atacada de PTs, de BCPs e de BPIs foi um problema de exiguidade de espaço que nos impediu de ir de Mota.

Mas a Mota é aquela moça que quando lhe dá é um repente e pula de uma resistência à outra como se fosse o Marc Márquez a guiar. Vejam o gráfico:


A resistência dos 4,40€, anterior suporte-mor, caiu ao fim de vários ataques e o fraco volume de ofertas incentivou a histeria. É isso que faz com que esta ação seja tão reativa, quer para cima quer para baixo. Pura e simplesmente não existem ações nos COFs e a malta compra/vende ao melhor. O título trepou 11% de uma só vez e foi instalar-se na zona da resistência seguinte. Hoje abriu com ganas de continuar por ali acima, mas a gasolina acabou quando o povo viu que estava em causa a quebra da SMA200. Agora está a esvazir um pouco o balão e, enquanto estiver acima dos 4,40€, temo-la em terreno de interesse comprador.

E aqui temos um aspeto que é bom não esquecer. Embora o cenário no curto prazo pareça ter-se desanubiado, a tendência desde há meio ano no PSI é descendente e estamos a falar do índice que perdeu por K.O. uma das suas maiores empresas ainda não vai há 1 mês. De maneira que não é de esperar que haja por ora sinais demasiado bullish e sempre que houver uma aproximação a um estado de sobre-compra, a uma resistência ou a uma média móvel relevante como é a de 200 dias, vai ser normal aparecer acumulação de vendedores. Aliás, isso mesmo aconteceu hoje, por exemplo, com o BCP!

E é por isso que eu continuo a gostar da PT (no curto prazo) e julgo que podemos ter espaço para subidas interessantes. É que, aparte uma ténue zona de resistência entre os 1,70 e os 1,90, não ficaram resistências da queda fortíssima que a empresa experimentou. Não quer isto dizer que vamos ter uma subida linear por aí acima, mas o rácio ganho/risco não parece desinteressante. Do lado do ganho está tudo dito e quanto ao risco sabemos que é possível uma ida ao gap nos 1,46 e depois há um suporte na zona dos 1,36 cuja quebra obriga a evacuação apressada. Portanto, temos os limites estabelecidos. 


Por outro lado, a PT apresenta resultados amanhã, antes da abertura do mercado, e já toda a gente sabe que não devem ser famosos. Resta saber se, com uma queda de 38% em 2 meses e um desbaste de 51% desde o início do ano, quanto já estará descontado pelo mercado. Eu continuo a pensar que pode haver fecho apressado de curtos com a consequente subida violenta, mas estou mais do que pronto para desamparar a loja.

Oh Lord!

Nota-se que a Janis Joplin não sabia o que era um bull market, mas, verdade seja dita, a cantar assim bastava pedir que o Senhor dava!


Evidentemente, este post enquadra-se na rubrica "música para celebrar os ganhos em bolsa"!

27.8.14

5 dicas (3 super importantes)

No seguimento de uma entrada nossa no Caldeirão de Bolsa, em que nos solidarizamos com um forista que tentava remediar uma trombada de 70% na PT, pergunta-nos o nosso amigo Armindo da Encarnação de que modo nos devemos precaver contra a possibilidade de estuporarmos as nossas queridas economias na bolsa. Como a questão aflige a maior parte dos investidores e é por causa desse medo que uma maioria opta por passar a bola a outros, apostando em depósitos a prazo escanzelados, resolvemos lançar mão à obra e escrever este texto em que descrevemos a nossa maneira de atuar.

Evidentemente, ninguém gosta de perder dinheiro e a dor da perda pode ser tão grande que, para muita gente, a possibilidade de ganhar não é suficiente para compensar o sofrimento de ver o património violentado. Para esses, de facto, é uma atitude de elementar sensatez absterem-se de negociar em bolsa. Todos os outros, que sofrem naturalmente, mas que não chegam ao ponto de pensar em cortar os pulsos podem continuar a ler.

Dando, pois, por adquirido que não é possível entrar nos mercados sem ter presente a possibilidade de perder, cá vão algumas das nossas dicas para manter a sanidade mental e conseguirmos bater o índice de referência ao fim do ano:

Dica nº 1 - Esqueçam a leitura de livros sobre bolsa, auto-ajuda, análise técnica, economia ou caca dessa género. Ninguém joga à bola a ler livros, mas sim a treinar, da mesma maneira que não se ganha dinheiro em bolsa lendo teoria. Em vez dessa trampa, invistam o vosso tempo na leitura de Literatura a sério e a estudar História (um pouco de Física também ajuda, mas isso sou eu a puxar a brasa para o lado de cá). O assunto principal da bolsa é o comportamento humano e só o conhecemos a fundo de conseguirmos olhar para o passado pelos olhos daqueles que foram maiores que nós (voltaremos a este assunto). É evidente que há na net sítios sobre bolsa de que não podemos abdicar, entre os quais incluímos, sem falsas modéstias, esta vossa humilde casa! Oremos!

Dica nº 2 - Evitem a intoxicação de informação, estando atentos apenas aquilo que é especialmente relevante. Todas as notícias que passam nos telejornais, incluindo os comentários do tio Mendes e do vovô Marcelo são absolutamente irrelevantes para negociar em bolsa. Já a notícia de que o GES falhou pagamentos ou as palavras do Mário Draghi no fim-de-semana são das do género que nos devem fazer agir de imediato! A propósito, esqueçam também os dados económicos que vão saindo: na maior parte das vezes, não interessam nem ao pai natal.

E agora as três dicas mais importantes:

Dica nº 3 - Keep it simple! Esqueçam análises complicadas porque ninguém tem tempo para isso. A análise técnica funciona porque uma grande parte dos investidores a segue. Toda a gente está atenta a linhas de tendência, suportes, resistências e médias móveis e o mercado tende a ser obediente porque a massa dos investidores age em conformidade. Análises mais elaboradas só servem para nos distrair do objetivo que todos temos em mente: ganhar dinheiro!

Dica nº 4 - Cut the losses! Esta é a regra mais importante, mas também a mais difícil de aplicar. Jamais percam mais de 3% do vosso capital num negócio! Nunca! Desceu? Vende-se! Se cair depressa de mais e já não forem a tempo, vendam logo que possível! Foi um erro e assume-se o erro! Se voltar a subir, paciência: são as regras do jogo! Cortem as vossas perdas, antes que elas vos entalem e vos impeçam de voltar a negociar. A bolsa estará lá no dia seguinte para voltarem a recuperar o dinheiro perdido. E acreditem naquilo que vos digo: a dor da venda a perder passa rapidamente e permite-nos voltar ao campo de batalha mais fortes!

Diga nº 5 - Keep calm! A bolsa não é um inimigo que nos está a quilhar a vida e a quem temos de acertar o passo logo que possível! A bolsa nem sabe que nós existimos e está-se positivamente a cagar para a nossa sede de vingança ou para a nossa azia! Também é verdade que a bolsa, embora às vezes não pareça, não tem nenhum interesse especial em nos tramar. Nesse aspeto a bolsa é como o Universo e é assim que a coisa está bem feita. Isto para dizer que quando perdemos, não temos que nos pôr com planos de vingança ou coisas desse género para tentar recuperar o dinheiro rapiramente. Perdemos por culpa própria e está tudo dito. Adiante. Se formos pacientes e sensatos (e se viermos ao NeB de vez em quando), a bolsa acaba por ser generosa e vem humilde, de cauda a abanar, dar-nos o pilim que nos faz falta!

Agora vão lá negociar em bolsa como deve ser...


26.8.14

Mais duas

Num dia em que as notícias parece estar todas a vir do paraíso celeste (daqui a pouco até os russos e os ucranianos estão aos beijinhos), deixamos uma outra dica que pode interessar: o BPI (também podia ser o BCP, que está numa situação muito similar).

O gráfico tem lá uma LTd que está a pedir para ser quebrada. Se quiseram entrar numa de apostar na quebra nos próximos 45 minutos, sirvam-se que ainda estão a tempo.



Mas também temos um outro produto em que a linha já foi quebrada: a Sonae (os valores estão ao fecho de ontem que eu ainda não ganhei dinheiro para subscrever o ProRealTime - serve). Aqui só há uma coisa que me perturba que é a proximidade da SMA200:



E nem é preciso mais paleio. É um regalo!

Rentrée

Não deixa de ser uma chatice chegarmos de férias cheios de saudades de ganhar dinheiro e encontrar o PSI encostado a uma resistência!


Garanto-vos que nunca me passou pela cabeça que ainda este ano fôssemos testar os mínimos do irrevogável episódio do ano passado, mas estou em crer de que não terei errado de todo quando num artigo anterior fiz a previsão de que os mínimos estariam feitos por volta do dia 9 de agosto. Aí sim tinha sido uma bela compra, mas não é possível negociar quando se tem a cabeça debaixo das tépidas águas do Mediterrâneo, pois não? 

Agora ficamos naquela cena do costume: isto quebra a resistência já ou dá a oportunidade a quem foi a banhos de poder experimentar o poder do suporte dos 5300 pontos? Evidentemente, gramava atestar no suporte, mas não me posso pôr com esquisitices, quando o nosso amigo Mário Draghi disse no fim de semana, para quem o soube ouvir, que chegou a hora de pôr as rotativas do BCE a imprimir notas. Cheira a uma rentrée animada.

Para rematar este pequeníssimo apontamento, sugeria-vos que olhassem para a PT e me dissessem se não estará ali em preparação um saboroso short squeeze para pagar as loucuras das férias! Confiram, por favor!

3.8.14

A decisão

Como vi alguém assinalar, estamos a viver o nosso fim de semana Lehman e imagino que neste momento devem continuar a desmultiplicar-se um sem número de contactos ao mais alto nível entre o Banco de Portugal, o Governo, a Comissão Europeia (que a 18 de dezembro último aprovou um plano de ajuda a 5  dos maiores bancos eslovenos com perda total de capital para os acionistas), banqueiros nacionais e internacionais e muito provavelmente gente ligada aos governos dos principais países europeus, a começar por Espanha ou pela chanceler alemã. 

É muito provável que as notícias que têm vindo a público sobre a forma de começar a resolver os problemas do BES sejam corretas e correspondam ao que será anunciado mais logo. Claro que há bancos e fundos com algum peso internacional, como o Blackrock, o Credit Agricole ou o Bradesco que vão perder imenso dinheiro neste lance, embora seja possível montar um esquema que lhes permita não ficar completamente a ver navios (ver mais abaixo). 

Claro que logo podemos ter um comunicado do BP num sentido completamente contrário, mas vamos partir do princípio de que isso não vai acontecer.

Para os pequenos acionistas a dor e o impacto vai ser, como é evidente, grande. Creio que muitas vezes nos esquecemos de que investir na bolsa significa comprar participações em empresas e que as empresas podem falir. Investir em bolsa é como montar um negócio, com a diferença de não termos o trabalho e as chatices, mas também abdicarmos do poder decisório que confiamos ao trabalho de outras pessoas. Nesse sentido, por muito que nos custe admitir e por muito estranho que possa parecer, nada há de anormal no facto de os acionistas perderem tudo. Por mais inacreditável que pareça, o BES foi à falência e só não vai fechar portas porque isso seria o caos e o inferno. 

Convém repetir num parágrafo só, porque muitas vezes há gente que gosta de pôr flores nas palavras como se isso fosse mudar a realidade. O maior banco nacional ainda há dois meses atrás faliu! Um império com século e meio de vida deixou de existir e arrastou consigo as economias de milhares de pessoas! É inacreditável, mas para o bem e para o mal nada existe aqui que não corresponda às regras do jogo do capitalismo, que são aceites tacitamente por quem vive nas sociedades ocidentais. 

Bem sei que para aqueles que perderam parte das economias de uma forma tão estúpida e traiçoeira este pesadelo é brutal e impossível de assimilar. Fala-vos quem já perdeu imenso dinheiro em maus negócios na bolsa. Preservem a vossa saúde e tentem recuperar o ânimo! Não vale a pena gastarmos muito tempo a tentar encontrar culpados, porque essa é uma tarefa para os tribunais. A nossa tarefa pessoal vai ser tratar de aprender com isto, de maneira a garantir que possamos recuperar estas perdas logo que seja possível. Estamos convencidos de que se for esta de facto a solução adotada, apesar de ser muito dolorosa no curto prazo, ao preservar os contribuintes e ao estabelecer um exemplo, vai tornar a economia mais forte e fazer com que possamos ter uma recuperação mais rápida. Na bolsa como na vida só perde de facto quem desiste ou quem não aprende.

Se for aplicado o que tem sido noticiado, na prática, as ações dos atuais acionistas deixam de existir o que significa que vai ser possível mais ou menos rapidamente estabilizar o banco e criar, a partir do nada, novas ações que vão ser vendidas numa IPO para ressarcir o estado. É aqui que pode haver algum acordo mais ou menos tácito para que os grandes acionistas tenham uma espécie de acesso privilegiado que os recompense da perda que agora assumem. É possível até que seja estendido esse privilégio à totalidade dos atuais acionistas.

Algumas palavras sobre a forma com atuaram o BP e a CMVM. É impossível que pessoas inteligentes e experimentadas não tivessem percebido desde o início que o estoiro do GES ia afetar o BES de uma forma brutal. E é inacreditável que não se tivessem apercebido que aqueles que se mostravam interessados para entrar num salvador AC, iam rapidamente bater em retirada mal se começasse a falar em incumprimentos e proteção contra credores. E é imperdoável que se continuasse a falar como se estivesse tudo controlado. Nem sequer é uma questão de economia. É uma questão intrínseca ao funcionamento do ser humano e consequentemente da sociedade. Um incumprimento destrói a confiança e retrai o investimento. É uma lei da natureza, universal e omnipresente. 

Quanto à questão de se não ter parado a negociação do BES mais cedo, não concordo que tal se devesse ter feito. Quando o banco apresenta 3600 milhões de prejuízo, o destino está traçado e o investidor sensato tinha que fechar a posição longa fosse a que preço fosse e era inaceitável que tal lhe fosse negado. É verdade que havia sempre uma réstia de esperança (há sempre esperança) de o pior ser evitado, pelo que continuava a haver risco na venda. Quem comprou confiou nessa réstia de esperança e sabia que podia ter um lucro brutal porque qualquer subida ia ser sempre a pique. Estamos, pois, em crer que parar a negociação na quarta ou na quinta-feira seria impedir a tomada de decisões consciente quando todos já tinham a informação de que precisavam para negociar.

Por fim, uma última nota para o BPI e para o BCP. A prazo fica a ideia de que poderão ter muito a ganhar, pois afinal de contas é um concorrente direto que, na melhor das hipóteses, sai da primeira divisão da banca nacional. Mas no curto prazo, ficaríamos muito admirados se não ficassem sobre grande pressão, pois é provável que o estoiro do BES comece por levar a uma grande aversão pelos bancos portugueses. Do ponto de vista técnico, por outro lado, tanto um como o outro quebraram em baixa na sexta-feira a EMA200 o que, para nós, costuma ser sinal para bater em retirada.

Nas próximas semanas, estarei de férias. Deixo o expediente entregue ao Renato e ao Fernando. Boas férias para todos e/ou bons negócios.

1.8.14

Fim de festa

Antes de irmos de férias, não queríamos deixar de tentar perceber onde é que esta hecatombe pode parar. Olhando para o gráfico do PSI, ficamos com a ideia de que o ponto em que estamos é justamente um ótimo ponto para haver ressalto. Aliás, ou há ressalto aqui ou arriscamos mais 10 a 12% de queda já na próxima semana! Resta saber se o rácio ganho/risco é compensador. Vejam o gráfico, mas continuem a ler antes de tentarem apanhar espadas de samurai a cair do céu:


O problema é que já toda a gente percebeu que o BES vai ter que ser nacionalizado. Neste momento, com a cotação ao valor que está, e o banco com o buraco que se conhece (a que temos que somar o que se desconhece), creio que rapidamente vai deixar de haver dúvidas no espírito dos grandes investidores: entre perder os 20 cêntimos por ação que restam e ter que abichar com um montante pornográfico num AC, mais vale ficar vermelho de uma só vez! Para já ainda está tudo na expetativa, mas estamos em crer que vai ser só uma questão de tempo até que toda a gente se conforme com a má sorte que teve. Entretanto vamos ouvindo música, como a cançoneta que nos puseram hoje de que estão a desenhar uma solução mista. Dá vontade de os mandar a todos pó ca**lho! Para nós, arraia miúda, resta-nos a consolação de saber que os génios gestores de fundos da Blackrock, do Goldman Sachs ou os japonas do Nomura, que enfiaram graveto sem jeito neste navio naufragado, com artilharia pesada não fizeram melhor do que o maior pudengo caça nicas. Da próxima vez que esses exploradores de caça grossa tiverem vontade de experimentar um destino exótico como este cantinho à beira-mar, vãos-lhes esfregar o gráfico do BES nas ventas para que aprendam a ter tino! Para o BES, depois de toda a dor e choque, virá a gestão pública e, quiçá, a exemplo da CGD voltem os lucros! Até lá, temos muita pena, mas a incerteza vai ser tão grande e o impacto na economia tamanho que, tememos bem, vão andar ursos à solta na nossa bolsa! 

E já agora que estamos a falar de coisas tristes, olhemos para a PT. O que se passou na PT é um exemplo amplificado à extravagância do conhecido hábito de descapitalização de empresas que tanto entusiasma o empresário luso. Em 2010, a PT vendeu a sua participação na operadora móvel brasileira VIVO por uns incríveis 7500 milhões de euros, pagos pelos espanhóis da Telefónica que, como se sabe, também não tinham problema nenhum em contrair dívidas. Como o Governo da altura meteu na cabeça que não era possível a PT sair do Brasil, encarregaram esse sábio que dá pelo nome de Granadeiro e a sumidade Bava para nem perderem tempo e comprarem uma operadora qualquer que falasse com sotaque. De modo que a PT pegou em metade da massa da Telefónica e comprou por atacado e como se não houvesse amanhã 23% de uma empresa de 2ª categoria e semifalida chamada OI. OI! É isso daí! E que fez com o resto do graveto? Ora, que havia de fazer? Pagar parte da dívida? Que disparate! Investir? Que despropósito! Inovar? Estás louco?! Distribua-se pelo pessoal sob a forma de dividendos! E assim foi! Que gente porreira! Agora vejam o que aconteceu à cotação:


No final, graças ao nacional porreirismo e ao saque sem escrúpulos, a PT transformou-se na empresa do MEO, tendo trocado o filão de ouro pelos tostões furados, e desbaratado em três anos uma fortuna que nos pagava os juros da dívida pública de um ano inteiro. Entretanto, continuou a troca de favores entre os amigalhaços, no bom estilo uma mão lava a outra, até acontecer aquilo que ninguém tinha antecipado. Houve alguém que não pagou a conta e deu cabo dos amigos todos. Fim de festa para esta malta porreira.