Não raras vezes, amigos que nos acompanham, interrogam-me como se explica e sobretudo se entende os movimentos em Bolsa. O artigo que se segue é sobretudo para quem se quer aventurar na negociata, ainda em fase precoce de mecanismos para poder negociar, e carece de razões para subidas, descidas, mais ou menos bruscas e faz disto um berbicacho tamanho.
Baseio-me sobretudo na informação privilegiada que dispomos. Falo da análise gráfica. O resto, é contextualizar com a informação que nos vai chegando. Tudo mais, está no Sugestões para não especialistas em Bolsa. Uma panóplia disto e o sucesso fica já ali, logo a seguir ao plano, ao vosso plano. À estratégia, à vossa estratégia e à disciplina. À vossa disciplina.
Atentem na minha última publicação sobre as cotadas relacionadas com a pasta de papel. Não fosse manter a coisa simples e diria, aludindo também às cotadas em questão, que foi a papel, régua e esquadro.
Quem esteve atento e aproveitou a reacção na ida ao suporte, sma200, da Altri para encher a carga e seguiu a adenda, pontual e momentânea, na nossa página do Facebook (se ainda não fizeram like, este é o momento) teve como bónus adicional 10% na bagagem ao quarto dia. Com tanta gente a penar por estas semanas corridas, esta percentagem de ganhos neste time frame até parece ofensivo. Mas é a vantagem que se retira de haver um plano e estar atento às oportunidades. Daqui para a frente os 3,60 que foram resistência, mencionada na última análise, viraram suporte que em caso de quebra avista novamente a sma200. Para cima, zona dos 3,74, mencionada na adenda, quebrada em alta e mantemos a ideia da tendência descendente definida por três máximos relativos inferiores a superar.
Quanto à outra pasta, os 3 euros quebrados eram realmente uma chatice e o mercado fez questão de o demonstrar. Quem alinhou neste diapasão e foi disciplinado ao ponto de negociar entre esse valor e as médias móveis, conforme nossa leitura para pivots, amealhou para cima de 5% com a Portucel. Convenhamos que era uma margem relativamente reduzida e às vezes o risco não compensa, daí a chamada de atenção para aproximação das médias móveis, mas o gráfico não se compadece e está-se marimbando para esses planos. Daqui para a frente temos outro tanto para conquistar se quebrar definitivamente a ema21, em fecho! Resistência na zona dos 3,34 ou à semelhança da Altri a linha de tendência definida a vermelho. Para baixo e enquanto não superar as médias móveis mantemos os 3.
Para concluir a amostra de como os gráficos são nossos amigos, outro dito, outro feito. A Semapa, quebrou a sma200 e foi direitinha aos 11. Quem lhe amparou a mão nesse valor e as despachou na ema9 (à falta de referências de negociação surge a média móvel nesse intervalo) teve prémio de 7% na carteira. Daqui em diante, quebrando a ema9, temos logo de seguida a sma200 nos 12. Supera e 12,5 parece oposição. Para baixo, médias móveis ou os tais 11.
Neste momento, estão os nossos jovens leitores (aqueles que ainda só olham e ainda não se meteram na luta) a pensar, "foscasse, esta porra é fácil". Não, não é! Desengane-se quem pensar que basta descarregar uma plataforma e fazer um sarrabisco no gráfico com mínimos e máximos relativos, umas linhas de tendências, adicionar umas médias móveis ou o stochastic para ver até que ponto a cotada está em zona de compras ou vendas, assim como o volume para aferir a força em momentos de rompimento. Não chega! Mas se formos fieis ao plano, estrategas na análise ao contexto do mercado e obedientes na disciplina então sairemos vivos nas quedas e iremos buscar o nosso nas subidas.
Para terminar, musiquinha para relaxar. O "meu" achado pelo Primavera Sound 2015.
Boa semana. Fiquem com a sensual Mallu Magalhães dos boa onda Banda do Mar.
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