8.10.14

A caminho do suporte

Se nós vivêssemos num país rico, com uma queda anual de 17% no principal índice bolsista, não só estaria fora de questão ao governo em exercício vencer as eleições do próximo ano, como era muito provável que houvesse eleições antecipadas. Mas nem nós vivemos num país rico, nem o PSI20 representa o que quer que seja na economia portuguesa, nem os portugueses têm de uma forma geral a mínima ideia do que seja a bolsa. Para o tuga médio o máximo de risco a que mandam os cânones que esteja exposto é o do sorteio do euromilhões. Eis a nossa realidade triste e enfadonha e é com ela que temos que viver quer queiramos quer não!

Entretanto o nosso deslizante (sem atrito) índice encaminha-se a todo o vapor para o suporte em que tudo se decide (linha vermelha nos gráficos seguintes):



Ou a queda para aqui ou então, meus caros, há merda da grossa no horizonte e a nós ainda nos cheira a rosas (perdõe-nos os que estão a fazer a digestão, mas nesta casa falamos com o vocabulário todo).

Uma nota mais para os que estão a estranhar os péssimos números que vêm sendo publicados relativos à economia europeia. É bom que não se esqueçam que a Europa está em guerra com a Rússia e uma guerra, ainda que seja apenas um conflito económico, nunca causa baixas apenas de um lado. Aqui há uns meses atrás chamamos à atenção para esse facto e claro que não fomos os únicos a prever que iam ser postos à prova muitos suportes nos índices europeus.

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