5.9.16

CERN (parte 1)

Não tenho 100% certeza de vocês saberem o que é o CERN, mas começo já por dizer que a coisa está para os físicos como Meca é para os muçulmanos: é mandatório ir lá pelo menos uma vez na vida!

Eu tive a sorte de acabar as férias com uma semana inteira de formação intensiva lá em Genebra, na Suiça, e só tenho a dizer bem, sendo quase certo que venha de lá mudado para melhor! Claro que depois desta lufa-lufa o mais provável é que me seja mais difícil do que o costume regressar ao batente, mas ninguém vai visitar o maior conjunto de maquinaria científica de ponta sem que isso se reflita na forma como se alinham os componentes neuronais e as células da hipófise! O futuro dirá se é desta que fico com o cérebro em condições para chegar a rico, mas que venho entusiasmado, disso não pode haver dúvidas!

Genebra é aquela cidade famosa pelo jato super potente, mas que também é conhecida pela chocolataria, pelos canivetes e pela careza da vida quotidiana. 












Problema nenhum para os suíços, esse povo industrioso e conhecedor da arte de pagar ótimos salários, que soube criar um país cheio de indústria e de terras cultivadas até ao milímetro quadrado, fonte de um vinho deslavado e de queijos fedorentos com que se faz a maior iguaria do sítio, o famoso fondue de queijo, destruidor de fígados e grande amigo das lavandarias. 





O suíço tem evidentemente a mania de que é bom e não tem por hábito dar-se ao trabalho de esboçar sorrisos, mas teve o bom-senso de arregimentar portugueses para os principais serviços que lidam com o público e agora é muito fácil sairmos satisfeitos das lojas depois de trocarmos impressões na nossa língua mãe com a famosa linda portuguesa de que falam os emigrantes.


De trabalho falarei a seguir!

2 comentários:

  1. David, estou impressionada! Gosto da forma como escreves. De facto, senti-me privilegiada em participar nesta odisseia.
    No meu caso, arrisco-me a dizer que há uma Sónia A.C. e outra D.C. (C=CERN)!
    Parabéns pelo texto e bom ano letivo!

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    1. Olá Sónia! Obrigado pelo teu comentário! Colocas muito bem a questão: acho que mesmo na nossa atividade diária de contacto com os alunos esta foi uma experiência que muda muita coisa para melhor! E parece-me que não havia outra forma de conseguirmos tanto em tão pouco tempo! Um ótimo ano letivo também para ti!

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