Quem se interessa em
acompanhar os mercados americanos (por curiosidade ou porque investe
em CFD’s) reparou que os dois últimos meses foram atípicos. De
facto, após uma cavalgada fortíssima iniciada dois dias depois de
anunciado o Brexit,
que
rompeu com as últimas resistências e instalou os principais índices
americanos em máximos históricos, o que muitos julgariam impossível
(eu incluído), seguiram-se dois meses de um monótono ondular de
menos de um por cento diário.
Durante
esse tempo muito se especulou, entre nova cavalgada para novos
máximos e queda acentuada entre os 5 e os 10%.
Não há nada de mal que os
mercados atinjam máximos, bem pelo contrário. Mas quando os
mercados estão em máximos de sempre seria normal supor que a
economia está na melhor forma de sempre. Seria… mas não é bem
assim. E não é assim porque aqui entram outros atores para além
das empresas, dos resultados delas e dos indicadores macroeconómicos.
Aliás, os principais atores nestes tempos chamam-se bancos centrais.
Só assim é que é possível os mercados americanos terem estado em
máximos históricos com a economia americana (e mundial) um pouco
longe da forma excelente.
Ora o nosso toxicodependente
parece ter-se apercebido de que desta vez vai ter de passar sem a
dosesinha, e começou já, por antecipação, a sofrer a dores da
ressaca.
É
capaz de ser esta a explicação. E o que é que se segue? Se a
explicação estiver correta, a queda de sexta-feira não vai ser a
única. No entanto atente-se ao seguinte: o sp 500, como se pode ver
em cima, ficou num suporte importante (que também aparece no gráfico
semanal). O dow jones e o nasdaq, no entanto, quebraram os seus
suportes equivalentes. Pode ser que na segunda-feira, tendo em conta
a severidade da queda, o dow e o nasdaq testem as agora resistências
e o sp alivie um pouco. Pode ser… e pode não ser, como é óbvio.
Bons negócios.
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