7.1.18

Sonaes

Curta análise às duas Sonaes que temos em carteira.


À Sonae SGPS vê-mo-la encostada à última resistência antes de empreender uma aproximação a máximos históricos (na zona do euro e meio, marcados há mais de 10 anos). Não nos admira que sinta alguma dificuldade neste ponto, mas o facto de se mostrar tão gaiteira e já estar no segundo ataque em menos de duas semanas deixa-nos a pensar que pode mesmo quebrar. Com o momentum que o PSI20 leva, não será descabido apostar num falso break para depois vir ganhar balanço, mas enche mais a alma imaginar que pode repetir o feito de 2015, quando foi dos 1,07 aos 1,35 em menos de 2 meses, movimento que assinalei no gráfico dentro da bola para que possam avaliar como se assemelha ao que agora proponho! Desde os 1,07 já leva um mês e eu não me importo nada de esperar outro tanto pelos 1,35 e acho que ninguém levará a mal mesmo que haja uma correção, por exemplo, a vir testar aquela Lta (demasiado inclinada?) que ali pusemos; mais abaixo, os 1,07, precisamente, serão o próximo suporte e ponto de entrada para quem sonha com a planeada aproximação ao máximo histórico!


A Sonae apresenta as vendas ao mercado no dia 24 de janeiro (os resultados são só para março) e eu espero ver refletido nos números a fúria com que a malta anda a comprar nos continentes e afins. Se assim for, e atendendo aos resultados do terceiro trimestre do ano passado, esta empresa continua barata e tem tudo para brilhar se o PSI20 finalmente encetar a marcha rumo a máximos (históricos?; algum dia há de ser).

A Sonae Indústria é bem capaz de se estar a preparar para entrar noutra fase do marinanço com que nos costuma brindar, mas desta vez talvez abrevie um pouco, não só para não chatear tanto a malta, também por causa da entrada em velocidade de cruzeiro do bull market do PSI20, e ainda porque há mais caçadores de pechinchas no mercado. Por falar em PSI20, esta é daquelas que deverá receber alvará para preencher uma das vagas no índice principal na revisão de março, facto que poderá apimentar um poucochinho um trajeto que me parece inevitável: com os resultados do terceiro trimestre do ano passado ficou claro que a empresa estava e continua a estar barata, pelo que o mais natural é valorizar. Dizem os entendidos que o quarto trimestre costuma ser o mais fraco para os madeireiros, mas, reparem só: o quarto trimestre já foi e ela subiu! Agora temos pela frente o primeiro, o segundo e o terceiro que, por exclusão de partes, não são os mais fracos. Se tivermos lucros de 30 milhões no ano passado, será loucura pensar em 50 milhões em 2018? Isto não é um price target, até porque nós não os podemos dar, mas, um supor, a 9 euros a empresa valeria 409 milhões de euros... e quem poderia dizer, nesse caso, que estava cara? Um PER de 8 numa empresa com uma dívida de 200 milhões e lucros de 50 milhões?! Nem pó amigos, nem pó! Com a construção a bombar por essa Europa fora, esta é uma compra das boas, sabendo nós que na bolsa tudo vareia com muita rapidez! Ainda uma nota para a opção de compra que um dos administradores da empresa tem e que se exerce a 3,30€ em 30 de abril próximo. Haverá quem veja algum stress por temer despejo de ações no mercado, caso a cotação na altura seja muito superior ao preço de exercício (e sempre são 6,8 milhões de ações). Julgo que essa situação estará acautelada, mas mesmo que não esteja, é evidente que se a cotação estiver muito acima do preço de exercício é porque a empresa está em boa forma e 1) é pouco provável que um administrador se desfaça delas e/ou 2) dificilmente vendas ficarão sem comprador a preços decentes!

No gráfico, vemos como a correção ainda pequenina que iniciou anteontem lhe está a fazer bem. Julgamos que as médias móveis poderão amparar, mas a Lta também está lá para alguma coisa. Para cima, não conseguimos dizer nada, porque o gráfico está bastante descaracterizado, tal foi a cacetada que esta empresa andou a levar, mas também porque, lá está, temos a opinião de que as valorizações podem ser disparatadas!

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