10.12.14

Duplo fundo?

Quando a Bolsa cai há sempre a tentação de apanhar o fundo do movimento para fazermos o negócio das nossas vidas. Na prática, a arte é equivalente à do artista que apanha canivetes quando eles chovem. Na maior parte das vezes acabamos a ter que fugir para os abrigos em marcha forçada, mas de vez em quando lá calha ficarmos com uns lotes a bom preço, o que nos dá a satisfação bestial de durante algum tempo nos considerarmos a nós próprios os indíviduos com mais cagança da Bolsa inteira. Não é uma arte fácil e comporta riscos de monta, mas tentar não custa quando se pouparam os cobres de ter ficado de fora a ver o preço a vir por aí abaixo. E a vantagem de se comprar nos suportes é que não precisamos que nos façam um desenho para saber quando é altura de passar a pasta a outros mais afoitos. Se é que me entendem. ;))

No PSI20 podemos estar a toques de ter um desses momentos em que a arte de apanhar canivetes se pode justificar por motivos técnicos. Amanhã podemos fazer um duplo fundo, ocorrência que não costuma passar despercebida aos que se mantiveram sensatamente de fora a ver o ataque ursino e a salivar por uma compra em saldos. Ora vejam:


De acordo com as regras, o duplo fundo só é verdadeiramente ativado com a quebra do máximo relativo que se encontra de premeio e tem projeção igual à diferença fundo-máximo. Neste caso, será de admitir que apareçam caçadores de duplos fundos na aproximação à zona dos 4900 pontos, pois a ativação da figura projetará o índice para os 5600-5700 pontos, coisa de 14% acima, o que, nos tempos que correm, é um ganho catita.

A quebra dos 4900 pontos em fecho é sinal para bater em retirada, pois podemos com toda a tranquilidade esbardalhar mais 9% até aos 4450:


Quem não gostar de confusões nem de se sentir apertado é favor abster-se!

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