14.12.14

O que se segue

São dois os grandes temas do momento: o petróleo e a Grécia.

A cotação dos futuros do petróleo andou toda a semana em modo panic sell e não houve suporte que resistisse à avalanche de vendedores. A coisa foi de tal ordem que o fecho semanal se deu ao valor mais baixo em 11 anos e viemos assentar numa zona em que é bom estarmos sempre a contar com ressaltos violentos, ainda que estejamos a falar de valores velhos com mais de uma década. Na realidade, perto dos valores atuais há a zona dos 54,5 dólares que serviu de mola entre 2002 e 2003 e é tudo! Seja como for, a descida é tão agreste que mesmo os mais temerários defensores da subida do custo da energia já devem ter percebido que os preços baixos estarão para ficar por anos.



Não é difícil concluir que os barris têm feito a alegria dos curtos e a festa parece longe de ter terminado, ainda que se recomende cautela porque uma queda tão a pique costuma dar direito a short squeeze.

Quanto à Grécia temos a primeira ronda da eleição presidencial na quarta-feira e o assunto pode ficar resolvido se o parlamento conseguir acertar uma escolha. Mas os gregos costumam gostar de um certo suspense, pelo que antes da terceira jornada não deve haver fumo branco. Seja como for, os mercados parecem ter descontado por antecipação o pior cenário possível e é provável que algures entre o final de segunda-feira e a sessão de terça haja um alívio a antecipar uma possível resolução do problema.

O Dax e o S&P aproximam-se rapidamente de zonas de suporte e, se levarmos em linha de conta o facto de serem índices que vêm de máximos históricos, é capaz de haver motivos válidos para um ressalto de curto prazo, quiçá a preparar um reteste a máximos nas primeiras semanas de janeiro. Se o crude ressaltar e a Grécia der sinais de evitar eleições legislativas é possível que voltemos para cima ainda mais cedo.

Como os dois índices vêm de subidas violentas acrescentamos aos gráficos as retrações de Fibonacci que costumam dar boas indicações quanto a pontos de suporte e de possível inversão de tendência.



Estamos, pois, em crer que algures num destes valores de retração, na Lta no S&P ou na linha de suporte horizontal do DAX vai estar o ponto de ressalto a máximos. Que assim seja!

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