22.2.15

Sonae

Não deve ter escapado a ninguém o bonito que a Sonae fez na sexta-feira ao subir destemida 1,5% quando quase toda a gente na Europa andava com as calças na mão com medo de que aos gregos lhes desse para estoirar. 

Podem avançar com as mais plausíveis razões para a boa forma da SON (sobe, desde 1 de janeiro, uns muito agradáveis 25,2%), e aceitamos perfeitamente se começarem por assinalar que a recuperação económica, assente no consumo interno, com os Continentes e os centros comerciais cheios, pode estar na origem do feito. Já agora, refiram também (que nós carimbamos em baixo) uma internacionalização que tem tudo para continuar a dar razões para sorrisos, e não se acanhem de juntar à lista a gerência com o selo de garantia da família Azevedo (uns campeões quando comparados com o que se tem visto noutras bandas do panorama luso de condutores de empresas). Se disserem que a Sonae parece barata quando comparada com a concorrência (a Jerónimo Martins, que tem um negócio bem menos diversificado, vale 2,5 vezes mais) nós também não achamos que se estejam a exceder. São tudo argumentos de mérito e nada temos a apontar.

Porém, estamos em crer que a verdadeira causa da forma como a Sonae enfrentou a tremideira de sexta-feira passada tem bastante que ver com o que se vê no gráfico. Vocês podem dizer que o gráfico reflete os fundamentais que nós não dizemos que não, mas notem que o argumento dos fundamentais pode valer para outras empresas, mas como não têm um gráfico bonito como o da SON ficam-se nas covas. Portanto, o gráfico:


Bonito não é?

Sinal de compra nos 1,10€, mais coisa menos coisa, bull market na quebra dos 1,22€, volume honesto, médias móveis na ordem correta, embora gostássemos de ver a de 200 dias a apontar para cima.

Há agora toda uma zona de resistência até ao máximo do ano passado nos 1,39€ e o RSI dá sinais de sobrecompra, o que pode ser bom para quem está fora poder embarcar nesta bela viagem. É que, com a pujança com que a moça está, estamos em crer que se o PSI20 cumprir com os mínimos (a Sonae é conhecida por amplificar os movimentos do índice), a resistência é lambida num ápice e entramos em terreno virgem desde 2008. Que linguagem tão fofinha!

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