24.11.15

Há governo: podemos subir

Todos sabemos que o nosso presidente raramente tem dúvidas, mas desta vez acabou por suceder um desses fenómenos raros (um cisne negro?!) em que pareceu que a certeza andava fugida da cavaquence mioleira, de modo que lá fomos obrigados a assistir à exibição ad nauseum da arte de simular um grande bailado sem se sair do sítio. Ó presidente, toda a gente no país e arredores (até o Passos Coelho) percebeu que não havia volta a dar, de modo que esta tanga toda se é claro que não foi gozação, bem que pareceu armanço!

É certo que ainda vamos a tempo de um qualquer golpe de teatro, mas damos por boa a hipótese de se ter acabado hoje a incerteza política. Assim sendo, achamos que estarão reunidas as condições para que o PSI20 se comporte com mais tino, o mesmo é dizer-se, que suba... caralho! E suba bem e sem andar aos coices, como fizeram os outros todos (ou quase) desde o dia 4 de outubro: qualquer coisa na ordem dos 10 ou 12% para começar já nos satisfaz, ainda que se limite a corrigir o desmando em relação à maior parte dos índices com que nos gostamos de comparar!

Da análise técnica vai-vos falar o João, porque isto de mandar postas de pescada cansa um bocado!

Seguindo o raciocínio, a nível fundamental, escrito pelo David diria tecnicamente que se não fosse o aspecto de martelinho que o nosso PSI20 fez hoje, após escorregadela de sexta-feira passada, com a reação, intraday, à aproximação ao mínimo relativo (pós-eleições) e deixaria o pontual optimismo para mais tarde. No entanto a figura criada lança a expectativa de que podemos já de seguida atacar, novamente, as médias móveis ganhando novo impulso para superar o topo de um canal que tem sido barreira non grata para os longos. Superando-a, temos pela terceira vez a SMA200 como barreira final para o belo fim de ano que todos nós, que olhamos para cima, desejamos.

A janelinha com moldura preta que metemos no gráfico abaixo corresponde ao período pós-eleições e damos como válido que a oscilação foi fruto da instabilidade politica. Para nós agora é líquido: quebra em baixa a base do rectângulo e é fugir, que isto já não é só politiquice. Vai para cima e o que vemos é o seguinte: sai do canal e ficamos porreiros; sai da caixota preta e ficamos bull!

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