Olhando para estes resultados fica-se com a ideia de que a JMT é uma empresa cara.
Com um PER atual de 25, mesmo com um crescimento de lucros na Polónia de 12% não parece haver grande margem para valorizações consistentes, até porque Portugal está parado e a Colômbia, até à data, está a ser um bom sorvedouro de dinheiro. A margem ficou em linha com o ano passado nos 5,8%, bastante abaixo do alvo de 6,5% até final de 2017, o que pode levar o mercado a pensar que podemos falhar esse objetivo, tanto mais que não se prevêem grandes crescimentos da inflação ou diminuição da concorrência (vulgo: promoções). Do lado positivo, uma dívida baixíssima, para os padrões portugueses, que permite libertar recursos para dividendos generosos.
Do ponto de vista técnico, é das ações portuguesas em melhor forma, mas está numa zona de resistência muito importante e que já não consegue vencer há mais de dois anos:
Se amanhã subir, acreditamos que possa ir um bom bocado mais acima, mas julgamos que há um sério risco de ainda não ser desta que vença a resistência.
Se nós fôssemos um banco de investimento, apontaríamos para um PER mais saudável por volta de 18 (afinal de contas, a JMT não é nenhuma empresa de alta tecnologia!), o que dará um price target de 11€ para o final do ano, assumindo uma subida (generosa) de 15% no resultado líquido ao longo de 2016.
Por comparação, a título de exemplo, a Sonae, que apresenta resultados no dia 16, à cotação atual e com os lucros de 2015 tem um PER de 13!
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