20.3.16

PSI20

Não há dúvida de que o PSI20 está a passar por uma boa fase. Depois de um início de ano em voo picado que o levou a uma queda máxima de 16% no dia 11 de fevereiro, encetou uma recuperação que nos deixa a uns módicos 2,6% do break even. É assim a Bolsa: passamos do bota-abaixismo militante ao vamos ver o que isto dá e ao se não compramos morremos, e também fazemos o caminho inverso, em menos de um fósforo, como se fôssemos os maiores cata-ventos do mundo. E tudo só por causa de uns gráficos com as cotações diárias e com pouca ou nenhuma ligação com a realidade! Irracional? Sim, but we like it!

A performance do nosso índice e dos outros como ele foi, portanto, imprópria para quem sofre do reumático ou da hipófise, mas fez certamente as delícias dos que se pelam por emoções fortes e têm tido a felicidade de frequentar esta nossa animada casa. 

Vejam em que estado param as modas no arranque de mais uma semana.


Reparem na subida de volume na semana que findou, facto que só ajuda a confirmar a tendência de subida que é já claramente de médio prazo: quebra com força do canal descendente (vê-se melhor no gráfico seguinte), primeiro higher high depois de 8! lower highs seguidos e cruzamento convicto da EMA14 (linha verde) sobre a EMA50 (linha amarela), facto que já não acontece desde janeiro de 2015 no dealbar, também com aumento de volume, de uma subida de 21% em 3 meses.


Como queremos manter a coisa simples, gostamos de médias móveis, linhas e pouco mais. No gráfico metemos a média móvel de 200 dias (linha vermelha) que costuma dar sinais de longo prazo. Escolhemos a média simples que nos parece dar resultados mais fiáveis: o PSI20 já falhou duas aproximações em ressaltos e agora está prestes a uma terceira abordagem (aliás, se usarem a média exponencial, o fecho semanal deu-se exatamente sobre a linha). O facto de as MM de mais curto prazo ainda estarem algo longe e a presença daquela resistência horizontal representada pela linha tracejada vermelha levam-nos a tomar como provável um período de consolidação antes de ultrapassarmos a zona dos 5250-5300.

No gráfico semanal há um facto que reforça o nosso otimismo. Ora vejam:


Aquela linha de tendência descendente não era quebrada em alta há dois anos! Foi-o agora e parece-nos extremamente relevante, ainda que não estejamos livres de um false break.

Para baixo, não gostávamos de uma arriar daquela linha ascendente no primeiro gráfico, pelo que a consideramos um bom ponto de entrada para quem está de fora. Stop loss na quebra em baixa da zona dos 4900 pontos.

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