Peço desculpa por falarmos outra vez dele, mas não há como ficar calado acerca do comportamento do PSI20 esta semana, de tal ordem foi a brutalidade com que o touro entrou na arena, isto para usar a conhecida linguagem bull bear das lides bolsistas.
Olhando para o gráfico resulta evidente o que aconteceu.
Na segunda-feira o índice tentou fazer um higher high e fechou in extremis a toques de o conseguir. Creio que esta notícia, que tem origem numa outra da semana anterior, e que comentamos no nosso FB, tiveram um efeito muito positivo no início da trajetória ascendente que vem já precisamente desde foi anunciado o interesse da Blackrock e da Pimco em negociarem com o governo português (entretanto, vieram dizer que uma proposta de 600 M€, que provavelmente foram eles próprios que puseram a circular, é inaceitável! Continuam os bons sinais!).
Na segunda à noite sai a notícia da OPA à EDP Renováveis, que pesa 9% no cálculo do índice, de modo que, com uma subida assegurada a rondar os 10%, estavam prometidos 1% ao índice, a não ser que a EDP caísse. Como o mercado aceitou como boa a notícia para a EDP e esta também subiu bem, então dissiparam-se as dúvidas e passou a ser certo que ficaríamos muito perto da resistência fatal dos 4850 pontos. A partir daí foi o vê se te avias porque, como dizíamos aqui na semana passada, nisto da bolsa são os gráficos e os valores atingidos que fazem a negociação e não o contrário... e tampouco as notícias.
Depois disto, estou em crer que podemos ter posto o urso a hibernar, mas para termos mais confiança de que ele não acorda e salta cá para fora precisávamos de um teste positivo ao suporte dos 4850-4900, com posterior investida à fronteira bear-bull de longo prazo que se situa na zona dos 5300-5350 pontos. Se esse assalto for bem sucedido, então meus caros, vamos finalmente ter esta prenda.
Como se disse na semana passada, esta arte exige um ingrediente raro mas decisivo.
E agora apetece-me ouvir isto:
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