Os CTT passaram o ano de 2014 dentro de um
intervalo de 1 euro entre os 6,8 e os 7,8. A quebra em baixa da base em outubro
(quando se falou da possível entrada no belo negócio da PT), ao contrário do que
seria o pensamento inicial, foi o tónico que faltava para subir com força
suficiente para estoirar com o topo e dar sinal para nós entrarmos. Foi tarde,
mas enfim, dos 8 aos 8,4 já vão 5% para o saco e chatices zero. É isto a
bolsa.
Entretanto, acabou a semana não só a marcar
máximo histórico mas também a cabecear contra o topo de um canal de curto prazo
que pusemos no gráfico e, embora esteja em situação de sobrecompra, não
excluímos uma quebra. Uma vinda cá abaixo à zona dos 7,8-8,0 era ainda mais
saudável, pois aliviava indicadores e colocava no título novos carteiros que,
numa empresa que tem dado poucas razões para susto, não estariam à partida vendedores
ao primeiro achaque. Como gostamos de manter a visão simples limitamo-nos a
copiar o retângulo anterior para cima e fomos ter ao número redondo de 9 euros,
onde poderá estar o alvo de primeira instância da subida.
Do ponto de vista fundamental, não sei se já
repararam no crescimento exponencial que se está a dar no comércio eletrónico
no nosso país, com a multiplicação de empresas de compras coletivas desde o
segundo semestre do ano passado. E quem está melhor colocado para entregar as
encomendas, se não a empresa nacional de correios? É o nosso palpite e não
somos contabilistas, mas não cremos ser de excluir, a breve prazo, lucros de
mais de 100 milhões nos CTT, pelo que a valer 1200 milhões (cotação atual) a
empresa é um achado.
Uma última nota para o murmúrio abafado que vai brotando da boca dos menos experientes e que se ouve perfeitamente daqui. Estais inquietos e a coçar o cu por estarmos a comprar ações de uma empresa que só têm subido em vez de apanharmos pechinchas bem mais baratas. Pois bem, aprendam que é para isso que nós aqui estamos. Na bolsa, a
regra geral é seguir a tendência, pelo que devemos sempre comprar o que está a
subir, desde que essa subida tenha subjacente motivos que possamos compreender.
Evidentemente, se a tendência do mercado, como um todo, inverter vamos ter que
retirar dinheiro destes cavalos para passar para outros que se apresentem mais
frescos para galopar na subida. Na bolsa não há caro nem barato; há subida e há descida. Ah! E há tendência!
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