2.7.18

Atualizações: BCP e Soni

Dois títulos que manobram dentro de canais descendentes bem definidos e onde só vale a pena entrar numa de duas hipóteses. Passamos a explicar:




  • O BCP tem volume e costuma ser relativamente obediente do ponto de vista técnico, mas encontra-se em zona de rácio ganho/risco desfavorável, sendo que hoje, à hora a que estamos a escrever, está a tirar dúvidas a quem ainda as tivesse de que a quebra da linha amarela é para valer. Ainda assim, e a menos que a situação internacional se deteriore significativamente, julgamos que pode justificar uma entrada em força e com stops apertados na zona dos 0,242 à espera de uma reação em alta que o leve a um reteste dos 0,26€ (vender aí vai ter que ser mandatório). Estamos em crer que a aproximação dos resultados semestrais, agendados para o dia 26, pode vir a ser um exemplo de força motriz para esse movimento, mas a quebra do canal em baixa (hoje na zona dos 0,228) deixar-nos-ia tão inquietos que fecharíamos a posição.   


  • A Sonae Indústria era uma das nossas grandes apostas no início do ano, mas enganamo-nos como nos enganamos na maioria das vezes. Afinal de contas, o que é a vida se não uma sucessão de enganos e correspondente contenção de danos? Contivemos danos na quebra da linha amarela, e na altura não foi nada cedo (como tivemos oportunidade de reconhecer), mas, bem vistas as coisas, agora percebemos que foi bem a tempo. Não sabemos nada do que está a acontecer com a empresa, nem isso importa para absolutamente nada. É certo que vemos o preço da madeira perto de máximos históricos (bom ou mau?) e a construção bem melhor do que há alguns anos, mas desconfiamos que a guerra de taxas espoletada pelos EUA não tem feito nada bem à laboração de uma empresa que depende muito do Canadá, mas que se lixe, nós não somos analistas nem queremos sê-lo. O que interessa é que o mercado não nos moa muito o juízo e passe para cá a nossa quota parte na produção global de riqueza. Agora a Soni está pertinho da nossa linha de bear market. Só agora? - perguntarão alguns. É preciso não esquecer que esta é uma empresa que, mesmo hoje, leva 130% de valorização em 2 anos! A linha vermelha é um suporte fortíssimo, o que significa que 1) vai ser um ótimo ponto de entrada para os investidores mais confiantes e 2) a sua quebra significará que a empresa está mesmo em maus lençóis. Como o volume negociado é muito baixo, é difícil aqui fazer jogadas para aproveitar ressaltos, pelo que talvez seja sensato para quem está de fora aguardar pelos resultados do dia 27 de julho. Os que estão dentro, julgo que agora não perderão nada que se torne catastrófico se aguardarem pelo que se vai passar se houver teste da linha vermelha!

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