11.7.18

Market update de 11 de julho de 2018

Outlook

As bolsas negoceiam no vermelho com as tensões entre os dois gigantes EUA e China a voltarem a ser o tema do dia.

Depois de alguns dias de calmia, Trump volta com o seu plano de protecionismo contra importações chinesas. Desta vez o plano engloba 200 mil milhões de dólares. Os mercados reagem em baixa com receios do impacto no investimento, empresas e comércio. Apesar de estudos feitos apresentarem baixa correlação entre a guerra comercial e o crescimento económico, o que realmente pode afectar a rentabilidade das empresas é o sentimento económico e a fuga de capitais de mercados de risco.


Os mercados norte-americanos estão a tocar em máximos, o Nasdaq100 p.ex., e abre-se assim espaço para correções que são impulsionadas com estas notícias de fricção comercial. Mas estamos em época de resultados e a questão que se coloca é se os resultados das empresas norte-americanas conseguirão sobrepor-se aos receios comerciais. Espera-se que os resultados do segundo trimestre do ano cresçam 20 porcento, havendo espaço para os investidores colocarem as fricções de parte e avançarem nas compras em bolsa se os resultados das empresas superarem as expetativas.

A guerra comercial tem bastante impacto na Europa porque temos uma maior exposição ao comércio externo do que os EUA. Vemos assim os índices a reagirem em baixa.

O cobre, que é considerado o barómetro do sentimento económico abriu hoje em gap de baixa, mas segue a recuperar. Também o iene é considerada uma moeda de cobertura de risco, estando a valorizar face ao dólar.

Em Portugal, a Altri continua a ser uma aposta forte dos investidores portugueses e faz um novo máximo. A Mota-Engil apesar das notícias de entrar no mercado da Nigéria não consegue superar o sentimento negativo vivido no mercado e segue a desvalorizar.

Sessão Asiática

Os mercados acordaram com um sentimento de preocupação e maior cautela, com os investidores a voltarem novamente as atenções para a guerra comercial entre os estados unidos e a china, agora com a confirmação dos rumores que pairavam durante as últimas sessões sobre a aplicação de taxas adicionais de 10% sobre 200 biliões de USD de bens importados da china, que já declarou que pretende levar o caso à organização mundial do comércio (World Trade Organization).

Esta ação dos Estados Unidos já era esperada pelos mercados, o que não se esperava é que apresentassem já uma lista dos bens sobre os quais iriam aplicar as taxas adicionais. Ora esta atitude por parte dos estados unidos levou a que os investidores apresentassem maior aversão ao risco durante a sessão, fazendo com que o AUD e o NZD tivessem o maior impacto negativo uma vez que para além de terem maior risco, são dois países que dependem bastante das compras por parte da china.

Com todos estes acontecimentos, as bolsas asiáticas fecharam no vermelho com todos os maiores índices a negociarem em terreno negativo com destaque novamente para o Shanghai Composite que foi o maior perdedor da sessão ao desvalorizar 1,76% face ao dia de ontem.

Ações

Morgan Stanley (MS.US) -  a sucessão do diretor executivo James Gorman está a ser preparada, tendo a gestão de topo incumbido Ted Pick com novas diretivas. O atual diretor de vendas terá responsabilidades acrescidas relativamente à área de trading do banco, estando a subir a escada hierárquica e sinalizando ser um potencial candidato para a liderança do banco num futuro próximo. A ação está a valorizar de forma consistente após a rejeição de uma zona de suporte nos 46.22 dólares, potenciando entradas compradoras no ativo até aos 50.58 dólares.

Análise Técnica

Matérias - Primas

COFFEE D1

Os futuros do Café recuperaram das perdas do movimento impulsivo de queda da última semana, e está agora a negociar abaixo de um importante nível de resistência, os 115.50. Este nível aguentou o preço da matéria-prima durante imenso tempo, servindo como um “cluster” de compras. Agora que estamos a negociar exatamente abaixo desse nível, poderemos ve-lo a servir o mesmo propósito mas para os vendedores, criando aqui uma pressão baixista no café.

Assim, a ideia será short COFFEE com stop nos 116.50 e take profit nos 111.


USDCAD D1- Reunião do banco do Canadá
Existe um “pullback” no par cambial  USD / CAD que se estava à espera. Depois de chegar ao valor de 1.3400, o par recuou para o nível de resistência quebrado para a área de 'baixos' em torno de 1.3100.

Hoje temos a reunião de política monetária do Banco do Canadá sobre a decisão da taxa de juro (aumento para 1.5%). Por um lado, temos a política cambial, mas por outro vai geral alguns movimentos negativos no mercado imobiliário e nos desenvolvimentos do comércio com os EUA.

A ideia será posições longas, com target nos 1.34 e SL nos 1.30601


Apresenta um price action altista interessante nesta zona. Depois do rebound no limite inferior do canal ascendente, quebrou agora em alta uma cunha descendente em alta e prepara um ataque aos máximos de Dezembro. Apesar do breakout estar confirmado nos timeframes inferiores ainda falta confirmar nas velas D1 para cima , assim ainda podemos entrar numa zona em que o stop fica abaixo do suporte e garantir um bom perfil de risco\rentabilidade.


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Esta nota informativa resulta de uma parceria entre o Negociar em Bolsa e a XTB, sendo o seu conteúdo exclusivamente da responsabilidade do Departamento de Research da XTB.

Declaração de Risco 

A X-Trade Brokers Dom Maklerski S.A. não se responsabiliza por decisões de investimento que se baseiem em informações contidas nesta newsletter. Nenhuma da informação aqui contida deverá ser entendida como recomendação de investimento, garantia de lucro ou de risco significativamente menor. Os investimentos baseados no uso de produtos derivados com alavancagem financeira são, por natureza, especulativos e poderão resultar tanto em lucros como perdas significativas, as quais poderão superar os montantes inicialmente depositados.

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