23.7.18

Sonae Indústria

O ano tem sido de porrada tresloucada na Sonae Indústria que desfez, até agora, o que andou a fazer (e não foi nada pouco) na segunda metade de 2017. A coisa foi de tal ordem que já quase ninguém lhe liga e o volume que tem feito fazem dela um investimento de que pode ser muito difícil sair se a coisa der para o torto. Não fora isso e até que valia pagar só para ver que motivos terá tido o mercado para arrombar uma empresa que, segundo estimativas de já não sei quem, pode lucrar 23M€ este ano, o que lhe dá um PER menor que 5. 

No primeiro trimestre o cenário não foi, de facto, prometedor com uma quebra no volume de negócios e no resultado líquido. Houve aquela cena dos incêndios nas fábricas portuguesas e uma diminuição da margem na América do Norte e o mercado foi rigoroso no castigo, tanto mais que, pelo meio, vimos como um dos administradores se agachou no momento em que se devia ter chegado à frente e investido uns patacos em contraplacado. 


No próximo dia 27 temos apresentação dos números do 2º trimestre, mas é provável que os resultados da chilena Arauco saiam antes e lancem alguma luz sobre o assunto. Vamos ver se há pernas para chegar à estimativa dos doutos e citados analistas (uma subida de mais de 50% em relação ao ano passado), ou se se confirma a dose do 1º trimestre e vamos andar à volta dos 15 M€ anuais (que poria o PER atual em 7, o que não parece muito baixo numa empresa sem crescimento), ou se, pior, iremos pelo caminho descendente já alinhavado e vamos para prejuízos como o mercado parece temer (mas o mercado, como sabem, às vezes exorbita).

Como não consegui confirmar quando saem os resultados da Arauco, nem tenho a mais pequena ideia sobre o correr dos negócios da madeira, vou-me guiar pelo gráfico que apresento, que é elucidativo e tem a vantagem de ter ficado giro:

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