4.7.18

Dinheiro (parte 2)

Com o tempo, a fama de solidez e fiabilidade do cofre do ourives e a sua honestidade pessoal foram crescendo e mais e mais gente foi ganhando confiança para se decidir a confiar-lhe a guarda dos seus bens mais preciosos.

O nosso ourives, por outro lado, foi-se apercebendo de que havia sempre gente que vinha depositar ouro ou prata, ao mesmo tempo que outros vinham fazer levantamentos, mas, a maior parte das pessoas deixava o ouro e a prata no cofre por muito tempo, pois o que iam ganhando no trabalho do dia-a-dia chegava para fazer face às despesas correntes. De maneira que havia uma grande porção de ouro e prata que ficava pura e simplesmente guardada no cofre sem uso nem serventia.



Claro que o ourives não podia usar esse ouro para produzir produtos para vender, como fazia com o seu próprio fornecimentos, e com o lucro comprar mais ouro, repondo o stock inicial, mas havia uma forma alternativa de rentabilizar toda aquela riqueza e que, ainda por cima, implicava muito menos esforço do que o necessário para produzir peças de ourivesaria: o ourives podia emprestar aquela parte dos metais precisos que ficava sempre imobilizada a quem necessitava de capital para avançar com compras ou proceder a investimentos, por um prazo pré-estabelecido, contra o pagamento de um juro previamente acordado. Desde que o ouro fosse devolvido no prazo acordado, ninguém daria pela falta dele e todos ficariam a ganhar!



1 comentário:

  1. Boa tarde, o que acha da Raize inicia Oferta Pública de Venda de Ações

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