O nosso ourives, por outro
lado, foi-se apercebendo de que havia sempre gente que vinha depositar ouro ou
prata, ao mesmo tempo que outros vinham fazer levantamentos, mas, a maior parte
das pessoas deixava o ouro e a prata no cofre por muito tempo, pois o que iam
ganhando no trabalho do dia-a-dia chegava para fazer face às despesas
correntes. De maneira que havia uma grande porção de ouro e prata que ficava
pura e simplesmente guardada no cofre sem uso nem serventia.
Claro que o ourives não
podia usar esse ouro para produzir produtos para vender, como fazia com o seu
próprio fornecimentos, e com o lucro comprar mais ouro, repondo o stock
inicial, mas havia uma forma alternativa de rentabilizar toda aquela riqueza e
que, ainda por cima, implicava muito menos esforço do que o necessário para
produzir peças de ourivesaria: o ourives podia emprestar aquela parte dos
metais precisos que ficava sempre imobilizada a quem necessitava de capital
para avançar com compras ou proceder a investimentos, por um prazo
pré-estabelecido, contra o pagamento de um juro previamente acordado. Desde que
o ouro fosse devolvido no prazo acordado, ninguém daria pela falta dele e todos
ficariam a ganhar!
Boa tarde, o que acha da Raize inicia Oferta Pública de Venda de Ações
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