Íamos para Copenhaga com a ideia de trazer umas dicas para aumentar os índices médios de felicidade, não fossem os dinamarqueses campeões mundiais na matéria.
Começamos por um cemitério o que pode não parecer óbvio, mas eles tiveram a boa ideia de fazer da última morada parques para onde os vivos vão confraternizar, passear e fazer piqueniques enquanto refletem na perenidade da vida. Parecendo que não, piquenicar num cemitério ajuda a dar mais valor à vida neste mundo e não duvido de que, por essa via, acrescente uns segundos ao módico de felicidade diária.
De entre os famosos que descansam no Assintens Kirkegard, onde passei mais tempo foi junto das ervas que crescem com os átomos de Niels Bohr, um dos criadores da Mecânica Quântica e fundador do CERN. Também lá está o irmão Harald, matemático e jogador de futebol que ganhou a medalha de prata nos jogos olímpicos de 1908 com a seleção dinamarquesa, mas não o filho Aage, prémio Nobel da Física em 1975, morto em 2009 e sepultado noutro parque.
A ciclovia é um conceito nosso que fazemos da bicla um assunto de lazer ou uma ferramenta para aparar as banhas. Os dinamarqueses têm estradas, estacionamento, bombas de ar e semáforos para as bicicletas e vão com elas para todo o lado, mesmo quando chove e neva e a noite cai às cinco da tarde. Trata-se, portanto, de uma maneira de estar completamente diferente.
Preferimos testar o virtuosismo dos célebres serviços de transportes públicos escandinavos (só temos a dizer bem) e fomos ter com o resto da turistada.
Se vos dissermos que não vimos um bófia na rua (viemos de lá sem saber de que cor equipam), nem ouvimos por uma vez que fosse a sirene de uma ambulância são capazes de começar a ficar com uma ideia do tipo de detalhes de que estamos a falar no que toca a trabalhar para a felicidade comum.
O Nyhavn tem uma atmosfera tão encantadora que não nos importamos nada de andar por ali às voltas só a pesar o ambiente e a admirar ex-libris tais como a famosa fêmea nórdica.
Se vos dissermos que não vimos um bófia na rua (viemos de lá sem saber de que cor equipam), nem ouvimos por uma vez que fosse a sirene de uma ambulância são capazes de começar a ficar com uma ideia do tipo de detalhes de que estamos a falar no que toca a trabalhar para a felicidade comum.
O Nyhavn tem uma atmosfera tão encantadora que não nos importamos nada de andar por ali às voltas só a pesar o ambiente e a admirar ex-libris tais como a famosa fêmea nórdica.
Na hora de comer pensamos nisto:
Mas como percebemos que a conta equivaleria a termos comprado ações do BCP no início do ano, dissemos que não e fomos antes ao Copenhagen Street Food que funciona numa antiga fábrica de papel e consiste num grande número de barracas que vende comida de diversas regiões do mundo a preços módicos para os padrões locais (dá para comer e beber por 20 euros cabeça, o que é uma pechincha).
Depois de relaxar:
resolvemos ir a Christiania avaliar a qualidade da droga disponível (não deixavam tirar fotografias) e, com a pedra, partimos em busca da pequena sereia, do palácio real e de monumentos avulso:
O maior elogio que se pode fazer a Copenhaga é que é uma cidade em que não apetece nada entrar em museus nem nada dessas cenas que as grandes cidades têm para pegar turista. Aqui anda-se pela rua ao longo dos canais e há esta atmosfera de relax e compreensão para com o próximo que nos deixa reconfortados com a humanidade. Talvez os dinamarqueses se achem felizes com a vida que têm pura e simplesmente porque calibraram devidamente os objetivos e não se iludem com aquilo com que podem contar, ao passo que a nós dá-nos para achar que a felicidade está lá em cima num ideal inalcançável e ficamos fodidos quando não somos campeões de uma bodega qualquer ou não ganhamos medalhas olímpicas. Talvez seja isso, mas a avaliar por Copenhaga esta gente tem motivos para andar porreira!
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