Na primária organizaram uma
visita de estudo e Ulisses foi a Lisboa. Do passeio pouco sobrou na memória, a
não ser os pesadelos noturnos por causa da Branca
de neve e os sete anões que foram ver ao cinema e a algazarra enorme que
todos fizeram no autocarro quando iam para baixo. Da cidade grande, nada! Mas
aquela viagem a Lisboa foi deveras importante, pois marcou o início da odisseia
de Ulisses pelas capitais.
Quando estava no secundário o
argumento foi avaliar o funcionamento de Almaraz e depois deram uma saltada a
Madrid, e a viagem de finalistas, em vez da praia e da festa do costume, foi um
passeio a Paris de autocarro que os pais aceitaram que todos fizessem. Torre
Eiffel, Louvre, Quartier Latin, etc., em pouquíssimo tempo tinha mais uma
capital no currículo, mas foi só na viagem de regresso, quando todos vinham
murchos do cansaço, que se apercebeu de como já conhecia tanto e, ainda tão
jovem, se podia gabar de já ter estado em três capitais europeias.
Mais tarde notou, não sem choque,
que não era a viagem em si o que mais lhe agradava, mas sim quando depois contava
a experiência por que passara aos que nunca viajavam. Era o máximo descrever
aos familiares aqueles lugares de que todos ouviam falar, mas que apenas conheciam
de ver na televisão, e ele sentia-se importante por ser um moço viajado.
Está fixe, mas acho que devias pôr a letra um pouco maior para people como eu que já tem a vista cansada e teima em não usar óculos. Thanks.
ResponderEliminarOlá Borja! Agradecemos o comentário e a dica! Faremos os possíveis por, cada vez mais, melhorar! O layout, não é excepção!
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