Nos anos que se seguiram andou
pela Ásia e foi de Moscovo a Pequim de uma empreitada só! Conheceu o
Cazaquistão e a Mongólia, regressou e limpou os restantes ões, incluindo o
Afeganistão. Em Cabul fez de talibã e juntou-se a eles, mas não gostou desse
estilo de vida e pôs-se a bulir. Quando deu por ela estava no topo do Evereste,
arriou a bandeira do João Garcia e pôs lá outra maior junto da qual se
fotografou. Bateu o recorde de “gostos” no Facebook, mas depois desceu tão
rápido que, não só ia tendo uma síncope, como provocou uma avalancha que causou
dezenas de mortos. Foi o ponto mais baixo da carreira e houve quem o alcunhasse
de “Speedy Gonzalez dos Himalaias”, o que acabou por deixá-lo na mó de baixo
durante algum tempo! Foi por essa altura, numa spring break, que fez o tal cruzeiro relaxante nas Caraíbas e
visitou Havana e todas as capitais caribenhas. Fez a continência a Castro e
lembrou-se emocionado de que, em certo sentido, também ele foi como o Che, que
correu o continente de lés-a-lés, antes de enveredar pela carreira de revolucionário.
Estava finalmente fechado o ciclo americano e foi com orgulho que anunciou que se
sentia apto a dar todos os conselhos e emitir as opiniões mais definitivas no
que diz respeito à maior parte do globo terrestre. Mais do que reposição de
prateleiras ou segurança noturna, eram as viagens a sua verdadeira arte, e
embora o planeta fosse vasto, tornara-se, num curto intervalo de tempo,
demasiado pequeno para tão grande vontade de se fazer notar como o maior
laracheiro turístico da História, uns furos acima até (quem diria?) de um
Fernão Mendes Pinto!
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