15.5.14

Má onda

Definitivamente, a coisa azedou e o mínimo que se pode dizer sobre as notícias de aumento de capital na banca, que ontem saíram na imprensa, é que o timing foi azarado:

 - O PSI20, depois de um arranque de ano fulgurante, tinha encetado há já algumas semanas uma correção que já passara para lá do meramente saudável, para assumir proporções alarmantes, com quebra da tendência ascendente na passada 2ª feira (ver o nosso gráfico no tópico do índice);

- As principais ações do índice davam sinais de grande fraqueza, com destaque precisamente para a banca que estava a fazer lower highs sucessivos;

- Do lado da banca foi terrível o anúncio de que o Barclays tinha a intenção de fechar o negócio no nosso país e abalar. Embora o fecho puro e simples tenha depois sido desmentido (de forma tão pueril que só o tornou mais assustador), o facto de não se ponderar a venda deixou a ideia de fuga atabalhoada, o que só é possível, diga-se o que se disser, se o negócio estiver pior do que se pensava. Ninguém foge, nem a peanners (Antes tivesse dito "feijões". Agora fiquei mal disposto. Diacho, ando com uma crise de azia desde ontem ao início da noite! De que será?);

- Entretanto, vem hoje na imprensa que o BBVA também está de malas aviadas, coisa já sabida há algum tempo, mas a verdade é que a notícia, se no início do ano era encarada como uma simples opção tática de gestão (o BBVA fartou-se de assumir prejuízos em Portugal), nos dias que correm começa a deixar a tristonha sensação de debandada;

- Hoje saíram os números do PIB português e dá outra vez má onda. Os números vêm abaixo do previsto e a economia dá claramente sinais de estar a fraquejar.


Diria que só falta os juros da dívida pública começarem a subir, para termos o caldo entornado. Mas nem vamos falar disso para não agoirar.

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