Definitivamente, a coisa azedou e o mínimo que se pode dizer sobre as notícias de aumento de
capital na banca, que ontem saíram na imprensa, é que o timing foi azarado:
- O PSI20, depois de
um arranque de ano fulgurante, tinha encetado há já algumas semanas uma
correção que já passara para lá do meramente saudável, para assumir proporções
alarmantes, com quebra da tendência ascendente na passada 2ª feira (ver o nosso
gráfico no tópico do índice);
- As principais ações do índice davam sinais de grande
fraqueza, com destaque precisamente para a banca que estava a fazer lower highs
sucessivos;
- Do lado da banca foi terrível o anúncio de que o Barclays
tinha a intenção de fechar o negócio no nosso país e abalar. Embora o fecho
puro e simples tenha depois sido desmentido (de forma tão
pueril que só o tornou mais assustador), o facto de não se ponderar a venda
deixou a ideia de fuga atabalhoada, o que só é possível, diga-se o que se
disser, se o negócio estiver pior do que se pensava. Ninguém foge, nem a
peanners (Antes tivesse dito "feijões". Agora fiquei mal disposto. Diacho, ando com uma crise de azia desde ontem ao início da noite! De que será?);
- Entretanto, vem hoje na imprensa que o BBVA
também está de malas aviadas, coisa já sabida há algum tempo, mas a verdade é
que a notícia, se no início do ano era encarada como uma simples opção tática
de gestão (o BBVA fartou-se de assumir prejuízos em Portugal), nos dias que
correm começa a deixar a tristonha sensação de debandada;
- Hoje saíram os números do PIB português e dá outra vez má
onda. Os números vêm abaixo do previsto e a economia dá claramente sinais de
estar a fraquejar.
Diria que só falta os juros da dívida pública começarem a
subir, para termos o caldo entornado. Mas nem vamos falar disso para não
agoirar.
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