O que devo saber antes de Negociar em Bolsa:
Facto nº 24
Na Bolsa, saber vender é a virtude capital... e a virtude que preserva o capital.
O típico investidor até compra bem e começa a
ganhar.
Recosta-se na cadeia a desfrutar o momento e a fazer contas de somar. E
a coisa sobe e sobe à mesma velocidade a que crescem a ganância e a cagança do
nosso homem.
Com o peito inchado do orgulho e a conta bancária a bater no teto,
o nosso intrépido investidor vê o seu negócio fazer máximo sobre máximo... até inverter. A dada altura, é evidente que o sentimento do mercado mudou para bearish no curto prazo, mas,
temerário, agarra-se ao máximo que ficou para trás e começa a contabilizar o
que deixou de ganhar.
É neste ponto que decide vender se voltar a esse valor.
Mas a Bolsa, que é cruel, não lhe faz a vontade e lá vai caindo. E o artista,
apesar de ver notícias azedas por todo o lado, esforça-se ao máximo por adoçar
a pastilha e qualquer micro subida momentânea é um tónico que lhe fortalece a
auto-estima em estado de decomposição.
Nesta altura, até já é rapaz para vender
a coisa um pouco abaixo do máximo. O que é preciso é que lá chegue! Mas não lhe
fazem a vontade, os maus, e aquela caca continua a cair. A dada altura, um
trade que tinha um lucro tão simpático, começa a dar
prejuízo.
O aventureiro prova o sabor amargo de estar a queimar graveto sem levar nada para casa, temperado com o desnorte de ter sido tão gananciosamente burro. Quando, na mente do nosso artista, a queda já orça a valores
que não autorizam uma venda, a solução é transformar um trade de curto prazo, numa
entaladela de longo ou longuíssimo prazo.
Até que, quando o desespero o leva à conclusão de que o fim do mundo está próximo, e só lhe resta salvar os tostões que sobram, conclui que o mais sensato é vender. E vende!
Está feito o mínimo e os mercados podem subir. Começou o Bull Market!
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